segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

UTILIZAÇÃO SOCIAL DOS MEDIA DIGITAIS: A PERSPECTIVA DOS JOVENS

       A actividade consisistiu em realizar entrevistas aos jovens acerca da utilização que fazem dos media, mais concretamente do computador, telemóvel e redes sociais. A turma ficou dividida em dois grupos. Uma vez mais, no meu grupo, a tarefa correu muito bem. Cada um dos elementos do grupo entrevistou um jovem, tendo por base o guião para a entrevista elaborado pelo grupo-turma. Foi interessante verificar que os dois grupos efectuaram entrevistas a jovens de diferentes locais do país, de zonas urbanas e da períferia, tendo obtido respostas, por parte dos jovens, muito semelhantes. Este facto leva-me a constatar que os nossos jovens, de 17/18 anos, vivam no Norte ou no Sul, têm o mesmo tipo de comportamento no que à utilização dos media diz respeito. As conclusões a que chegaram os grupos não me surpreenderam: todos os jovens têm telemóvel, todos têm computador e todos acedem à Internet, seja em casa ou na escola.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O TELEMÓVEL NA SALA DE AULA?

   O telemóvel faz parte da vida de todos os dias dos nossos alunos. Não podemos ignorá-lo!
    Discute-se a sua utilização em sala de aula, como recurso educativo.As opiniões não são consensuais. Muitos professores encaram o uso desta ferramenta, nas aulas,como um incentivo à transgressão. Evocam as fotos/filmagens de aulas, indevidas, a troca constante de mensagens, que impede a concentração e o acentuar da dependência que os adolescentes já têm em relação ao telemóvel. Não deixam de ter razão.O telemóvel generalizou-se de tal maneira que, desde muito cedo, todos os jovens o possuem. Por todas estas razões, os Regulamentos das escolas proibem a sua utilização na sala de aula. Mas eles lá estão, manuseados às escondidas.Porque razão, então,  não tirar partido das múltiplas  funcionalidades que este pequeno aparelho possui e, pontualmente, fazer  uso de algumas delas? Tais como as mensagens SMS, para uma actividade de escrita, a caculadora, a câmara fotográfica para uma reportagem...
Tal como muitos dos meus colegas, nunca tinha pensado na utilização do telemóvel, em contexto curricular. Contudo, depois das leituras que fiz para esta actividade e do debate no fórum, fiquei com a percepção de que pode ser também uma forma de estar mais perto dos alunos, de entrar no mundo deles para além de os motivar para tarefas em que podem usar um instrumento que lhes é  tão familiar! 

domingo, 12 de dezembro de 2010

Actividades Sociais e Desenvolvimento da Identidade nos Jovens

OS ADOLESCENTES E O USO DO TELEMÓVEL
      Nesta actividade, realizada em grupo, pretendia-se: "Reconhecer a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens." Foram apresentados 6 textos, relacionados  com esta temática.
Para além de mim, fizeram parte do grupo, as colegas Teresa Costa e Soledade Almeida. Desde o início estivemos de acordo em relação à escolha do texto que recaiu no seguinte:                            
Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity,
and Digital Media: 143-164.;
O trabalho a apresentar foi estruturado segundo estes pontos: Apresentação do estudo; Objectivo do estudo; Principais resultados e Principais conclusões.

Na organização do trabalho, os pontos em estudo foram divididos por cada um dos elementos do grupo.Decidimos utilizar o Skype como forma de comunicação, o que tornou o entendimento do texto mais fácil e a redacção final do trabalho, mais eficaz.

Ter feito este trabalho elucidou-me um pouco mais sobre a utilização que os jovens fazem do telemóvel e a influência que exerce na construção da sua identidade. Os adolescentes consideram-no como a " a extensão móvel do corpo e da "mente", uma espécie de "eu adicional"."

Penso que é essencial deixar aqui as Principais conclusões a que chegámos sobre a importância desta ferramenta, para os jovens, e como pode contribuir para a construção da sua identidade:

- Tem um valor simbólico para os jovens, no que refere às suas possibilidades tecnológicas e à aparência do dispositivo. O toque, a decoração, o fundo, as cores estão associados à identidade de cada jovem e são a sua auto-representação. Também o tipo de  linguagem e forma de interagir nos diálogos nos dão sinais sobre a identidade dos jovens;

- Promove a manutenção de grupos sociais e o sentimento de pertença a um grupo;

- Serve como ferramenta pessoal para coordenar o dia a dia, para a actualização das relações sociais e para a partilha colectiva de experiências. É assim um mediador de significados e emoções que podem ser muito importantes na formação da identidade dos jovens. O telemóvel impõe um ritmo acelerado de comunicação, podendo causar stress e frustração.

- É uma ferramenta importante que permite o controlo- capacidade essencial para os adolescentes - porém, simultaneamente, tem-se tornado fundamental ser-se capaz de controlar o telemóvel.

Dos comentários que foram feitos, destaco o do colega João, por resumir algumas das principais ideias apresentadas por outros colegas no fórum.

"permitam-me que entre nesta discussão desenvolvendo um pouco mais algumas das ideias já aqui apresentadas.
Começo por me referir ao texto analisado. Penso que a síntese elaborada pelas colegas do Grupo 1 transmite de forma clara e coerente as ideias apresentados no estudo e é um excelente ponto de partida para reflectir e tentar compreender um pouco melhor o papel e significado do telemóvel para os nossos alunos. As conclusões apresentadas estão perfeitamente de acordo com a realidade portuguesa e com aquilo que vamos observando no nosso dia-a-dia. Quando se diz que “o adolescente tem com o telemóvel uma ligação pessoal: ele pode ser percebido como a extensão móvel do corpo e da "mente"”, é algo que, definitivamente, nos é familiar. Este fenómeno, conjugado com outros, ajuda a explicar as reacções de violência que a apreensão forçada do telemóvel pode desencadear, tal como aconteceu no episódio divulgado na comunicação social, oportunamente recordado pela Soledade, da “cena do telemóvel” (também conhecido pela expressão “Dá-me o telemóvel já!”). Por isso, mais do que a simples proibição ou interdição, é fundamental a regulação e a auto-regulação da sua utilização. Se é verdade que “o comportamento individual reflecte as normas colectivas e muda de acordo com quem se está” (ou seja, faz sentido que escola e a biblioteca definam regras claras e que as façam cumprir) também não é menos verdade que faz parte da adolescência o desenvolvimento da capacidade de controlo (sendo o telemóvel uma ferramenta importante) incluindo a capacidade de controlo do próprio telemóvel.
As normas de utilização do espaço da biblioteca da minha escola estipulavam a interdição do uso do telemóvel. De há algum tempo para cá essa regra começou a deixar de fazer sentido. Porque praticamente não há diferenças substanciais entre as funcionalidades destes aparelhos e outros equipamentos tecnológicos, como por exemplo o computador. É frequente ver os alunos utilizarem os telemóveis na gestão de informações pessoais (agenda?), a enviar mensagens e a ouvir música com headfones. Raramente deixam o telemóvel tocar ou fazem chamadas em voz alta (maior auto-controlo?). Em geral sabem que não o devem fazer a aceitam com naturalidade estas regras, agora mais flexíveis.
A utilização pedagógica dos telemóveis é algo que não tenho experiência mas estou a pensar seguir algumas das pistas aqui apresentadas."

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os adolescentes e o Facebook

A idade para inscrição no Facebook é, segundo a lei americana, de 13 anos.Na realidade começam mais cedo.Jovens falam sobre esta rede social, onde um deles diz ter cerca de 200 amigos.
Uma professora apresenta o seu ponto de vista sobre esta forma de comunicação entre adolescentes.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eles e...os outros

Na primeira pessoa...

Deixo aqui o testemunho de uma adolescente sobre as redes sociais.
Que  utilização que  é que faz(em) do facebook ?

FACEBOOK

 
Está agora nos cinemas o filme The Social Network – a história da criação duma das redes sociais mais populares em todo o mundo: o Facebook. Confesso que ainda não o vi e que a curiosidade de o ver, por acaso, até é grande mas a minha questão é outra:

Qual a necessidade de termos uma página numa rede social na Internet?

Criamo-la, escrevemos do que gostamos e do que não gostamos, os nossos interesses, como somos e como não somos. Adicionamos amigos, amigos dos amigos e amigos, dos amigos, dos amigos. Adicionamos, até, inimigos. Afinal, é bom mantê-los por perto. Adicionamos, também, desconhecidos - pode ser que surja alguém interessante. Finalmente, carregamos as fotografias. Aquelas em que estamos bonitos, captadas do nosso melhor ângulo logo, nas quais estamos bem favorecidos. Escrevemos uma legenda interessante que prenda as pessoas. Então, comentamos as fotos dos amigos para eles comentarem as nossas. Há, também, quem escreva no mural o que está a fazer, onde vai ou, simplesmente, o que pensa. Fazem-se os bem conhecidos questionários como “Quem és na verdade?”, “Qual a tua maior qualidade?” ou “Que importante personalidade foste na vida passada?”.
Resumindo, promovemo-nos. Somos um produto da sociedade moderna que vive da publicidade. Precisamos de nos promover, de nos publicitar… No fundo, precisamos de mostrar que somos únicos, que temos algo que nos distingue do outro. Sentimos necessidade que nos conheçam e por isso adicionamos “amigos” sem parar. Precisamos que nos “comprem”. Que nos digam Sim, eu gosto! Para além disso, é uma óptima maneira de adicionarmos pessoas com quem nunca falaremos porque “não fica bem”. Nas redes socias quantas mais “amigos”, melhor. Ou, então, adicionamos por pura curiosidade – sabemos da vida de todos sem ter de perguntar e ainda temos o benefício de não passar por coscuvilheiros.
Isto são as redes sociais. Puro marketing e estratégias de promoção. O produto não é o amaciador que deixa o cabelo mais brilhante ou o carro mais bem equipado do mercado. São as pessoas. Bom ou mau, não sei. Mas agora, se me desculpam, tenho de ir responder aos comentários da fotografia que carreguei ainda há pouco e aceitar os três novos convites de amizade. Com a vossa licença.
Margarida, 17 anos 






Os jovens e a construção da sua identidade

    O tema 2 foi objecto de discussão no fórum, depois de, individualmente, termos feito uma síntese dos textos apresentados:

Gender, Identity, and Language Use in Teenage Blogs.
 http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/file.php/14791/Schmitt_Dayanim_2008_.pdf
Para mim foi muito interessante a leitura dos textos, pois ao elaborar a síntese requerida, fiquei surpreendida  com algumas descobertas  relacionadas com os jovens e a utilização dos media, como objecto de socialização .A discussão no fórum foi enriquecedora na medida em que os participantes, para além das leituras dos textos já referidos, foram sempre apresentando outros estudos, estatísticas e opiniões sobre a temática.
Deixo aqui dois dos meus comentários, por considerar que apresentam dados relevantes ao nível da construçaõ da identidade dos jovens e o papel fundamental que têm, hoje em dia,as redes sociais.

"Segundo Zacarés ( 1997), citado por Teresa Helena Schoen-Ferreira, Maria Aznar-Farias e Edwiges Ferreira de Mattos Silvares nos Estudos de Psicologia, a adolescência “é a primeira etapa da vida em que estão reunidos todos os ingredientes para a construção de uma identidade pessoal.” É, de facto, um processo crucial na vida de cada jovem, sendo um período em que ocorrem mudanças significativas. A identidade do adolescente vai-se construindo e sendo influenciada por factores internos e externos: por um lado as suas características pessoais, a sua personalidade, por outro a sua identificação com os outros, com a sociedade e os seus valores. Os media são, sem dúvida, um agente de socialização mais do que a família ou a escola e o computador um meio para explorar a sua identidade. Criam homepages e blogs. Todos nós constatámos estes factos nos documentos postos à nossa disposição. O texto Gender, Identity, and Language Use in Teenage Blogs, é significativo quanto às características dos jovens bloggers americanos.
Em Portugal, e pegando na questão da Teresa, não sei de nenhum estudo semelhante (haverá?). No entanto, e esta é uma opinião muito pessoal, penso que ao nossos jovens são pouco adeptos tanto das Homepages como dos Blogs. Da minha experiência com jovens só conheço raparigas que têm Blogs. São elas que gostam mais de escrever, de embelezar os posts, de falar de si, da sua vida…
Deixo aqui uma notícia, que, não sendo muito recente, vai no sentido do que anteriormente referi sobre a pouca utilização dos Blogs.
[..]"Como professores e educadores que, diariamente, lidam com os jovens, estamos, certamente, mais despertos para estas questões. Posso dizer que, na minha escola já desenvolvi, na BE, sessões para alunos de vários anos, sobre "Segurança na Internet”, baseadas precisamente em informações e vídeos facultados pelo Programa Miúdos Seguros na Net. Um outro colega, no âmbito de um Projecto relacionado com a Educação de Pais, também fez uma sessão sobre o mesmo tema para Pais e Encarregados de Educação. Se surtem efeito prático ou não, não sei dizer. Pelo menos ouvir falar, mostrar exemplos e dados estatísticos, talvez ajude. Num estudo muito recente (Primavera de 2010) desenvolvido pela EU KIDS Online, no qual Portugal participou, entre 25 países da União Europeia, obtiveram-se os seguintes dados:

-Portugal é um dos países onde mais crianças e jovens declaram já ter sentido bastantes vezes que estavam a fazer um uso excessivo da internet (49%), muito acima da média europeia (30%). 78% das crianças portuguesas entre 9 e 16 anos usam a internet. As crianças e jovens portugueses estão entre as crianças europeias que acedem mais à internet nos seus quartos (67%) do que noutros lugares da casa (26%), uma diferença mais acentuada do que a média europeia (respectivamente 48 e 37%).

O quarto dos adolescentes é o seu mundo. Aqui passam a maior parte do tempo, quando estão em casa, alguns de porta fechada. Muitos não têm a verdadeira noção dos perigos que se escondem por detrás da criação de um perfil numa rede social. Para além da exposição da sua vida privada, a de terceiros também é posta em causa, nomeadamente na publicação de fotos/vídeos de grupo.

Como já referiram, a prevenção é a melhor atitude. A escola é um meio privilegiado mas não basta e aqui entra em campo a questão colocada pela Soledade: que valores passamos aos nossos jovens? Para mim a questão dos valores é uma árvore com várias ramificações. A sociedade transformou-se abruptamente nas últimas décadas. O exemplo já não vem de cima, vem do lado. Os jovens passam mais tempo com os seus pares do que com a família. O diálogo, as regras, a autoridade, em casa, são por vezes inexistentes. Temos no entanto que lidar com esta realidade e tentar passar, a cada dia, mensagens positivas aos nossos jovens, que, na sua incessante busca, nem sempre encontram o caminho certo!"

sábado, 20 de novembro de 2010

Nativos Digitais e Imigrantes Digitais

   Esta primeira actividade foi, para mim, bastante enriquecedora. Vários foram os motivos que, para tal, contribuiram: a temática em si, o facto de ser elaborada em grupo e a discussão criada .Debruçar-me sobre este tema permitiu-me entender melhor o mundo dos adolescentes que me rodeiam. Permitiu-me debruçar-me sobre a forma como utilizam as tecnologias.Os jovens de hoje nasceram na era da tecnologia e têm outra forma de estar na vida que passa indubitavelmente pelo uso que fazem da Internet, do telemóvel, do IPod, do IPad , do Smat phone...Foi interessante verificar que as características apresentadas pelos nativos digitais, afinal estavam  mesmo aqui ao meu lado, passando, muitas vezes, despercebidas. Contrapondo aos nativos digitais, falou-se dos imigrantes digitais, que podem ser muitos professores que  se afastam dos computadores.No entanto, é possível a existência de um ponto de equilbirio entre o que fazem e aprendem os alunos e o que ensinam os professores.Não podemos negar esta era tecnológica mas sim encontrar mecanismos de abordagem que permitam estar aberto às novas aprendizagens.
A contrução do power point  pelo grupo de três elementos foi, sem dúvida, bastante motivante. Pela primeira vez, utilizei duas ferramentas que permitiram uma consecução rápida e eficaz do trabalho: o Sype e o Google docs. O grupo revelou uma empatia muito grande, nascendo daí uma amizade. Dou razão aos nossos jovens que, no facebook, fazem facilmente amigos que não conhecem !
A discussão que se seguiu foi reveladora do empenho que todos colocaram na execução da tarefa.
Seleccionei uma  das intervenções do colega José Fernando Vasco, por me parecer que, apesar de breve, é bastante elucidativa, no que diz respeito ao papel que o professor bibliotecário deve desempenhar no contexto das tecnologias.
Numa breve intervenção, diria apenas que o papel do professor-bibliotecário no actual estádio de desenvolvimento da Sociedade do Conhecimento deve centrar-se numa gestão criteriosa e integrada dos recursos de informação à disposição dos utilizadores da biblioteca escolar, numa atitude de absoluta abertura face às potencialidades reais (não as ilusórias) das TIC, às necessidades dos utilizadores para que, face à urgência de preparação de clássicas e novas formas de cidadania, seja possível "preparar e educar as novas gerações para a incerteza" (Justino, 2010: 95).

Como diz Marc Prensky (2004):[...] the Internet is just the tip of iceberg of possibilities.As important as it may be the Digital Natives, their online life is a whole lot bigger than just the Internet.This online life has become an entire strategy for how to live, survive and thrive in the 21st centrury, where cyberspace is a part of everyday life.[...]

 

e-portefólio

    Este espaço destina-se a dar conta, de forma regular, de todas as actividades realizadas ao longo da Undidade Curricular de Medias Digitais e Socialização.Para além das reflexões pessoais, serão também incluídos comentários dos colegas, expressos nos foruns de discussão. Para a escolha desses comentários, terei em conta a apresentação de ideias pertinentes para a discussão em causa.Sempre que tal se justifique colocarei também os meus comentários. Quando esta Unidade Curricular terminar, este será também o espaço para uma análise e  reflexão pessoal  de todo o percurso realizado.
Publicarei, também, informações, imagens, vídeos, BDs, entre outros, alusivos à temática em estudo.