quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Na primeira pessoa...

Deixo aqui o testemunho de uma adolescente sobre as redes sociais.
Que  utilização que  é que faz(em) do facebook ?

FACEBOOK

 
Está agora nos cinemas o filme The Social Network – a história da criação duma das redes sociais mais populares em todo o mundo: o Facebook. Confesso que ainda não o vi e que a curiosidade de o ver, por acaso, até é grande mas a minha questão é outra:

Qual a necessidade de termos uma página numa rede social na Internet?

Criamo-la, escrevemos do que gostamos e do que não gostamos, os nossos interesses, como somos e como não somos. Adicionamos amigos, amigos dos amigos e amigos, dos amigos, dos amigos. Adicionamos, até, inimigos. Afinal, é bom mantê-los por perto. Adicionamos, também, desconhecidos - pode ser que surja alguém interessante. Finalmente, carregamos as fotografias. Aquelas em que estamos bonitos, captadas do nosso melhor ângulo logo, nas quais estamos bem favorecidos. Escrevemos uma legenda interessante que prenda as pessoas. Então, comentamos as fotos dos amigos para eles comentarem as nossas. Há, também, quem escreva no mural o que está a fazer, onde vai ou, simplesmente, o que pensa. Fazem-se os bem conhecidos questionários como “Quem és na verdade?”, “Qual a tua maior qualidade?” ou “Que importante personalidade foste na vida passada?”.
Resumindo, promovemo-nos. Somos um produto da sociedade moderna que vive da publicidade. Precisamos de nos promover, de nos publicitar… No fundo, precisamos de mostrar que somos únicos, que temos algo que nos distingue do outro. Sentimos necessidade que nos conheçam e por isso adicionamos “amigos” sem parar. Precisamos que nos “comprem”. Que nos digam Sim, eu gosto! Para além disso, é uma óptima maneira de adicionarmos pessoas com quem nunca falaremos porque “não fica bem”. Nas redes socias quantas mais “amigos”, melhor. Ou, então, adicionamos por pura curiosidade – sabemos da vida de todos sem ter de perguntar e ainda temos o benefício de não passar por coscuvilheiros.
Isto são as redes sociais. Puro marketing e estratégias de promoção. O produto não é o amaciador que deixa o cabelo mais brilhante ou o carro mais bem equipado do mercado. São as pessoas. Bom ou mau, não sei. Mas agora, se me desculpam, tenho de ir responder aos comentários da fotografia que carreguei ainda há pouco e aceitar os três novos convites de amizade. Com a vossa licença.
Margarida, 17 anos 






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