Nesta actividade, realizada em grupo, pretendia-se: "Reconhecer a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens." Foram apresentados 6 textos, relacionados com esta temática.
Para além de mim, fizeram parte do grupo, as colegas Teresa Costa e Soledade Almeida. Desde o início estivemos de acordo em relação à escolha do texto que recaiu no seguinte:
Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity,
Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity,
and Digital Media: 143-164.;
O trabalho a apresentar foi estruturado segundo estes pontos: Apresentação do estudo; Objectivo do estudo; Principais resultados e Principais conclusões.
Na organização do trabalho, os pontos em estudo foram divididos por cada um dos elementos do grupo.Decidimos utilizar o Skype como forma de comunicação, o que tornou o entendimento do texto mais fácil e a redacção final do trabalho, mais eficaz.
Ter feito este trabalho elucidou-me um pouco mais sobre a utilização que os jovens fazem do telemóvel e a influência que exerce na construção da sua identidade. Os adolescentes consideram-no como a " a extensão móvel do corpo e da "mente", uma espécie de "eu adicional"."
Penso que é essencial deixar aqui as Principais conclusões a que chegámos sobre a importância desta ferramenta, para os jovens, e como pode contribuir para a construção da sua identidade:
- Tem um valor simbólico para os jovens, no que refere às suas possibilidades tecnológicas e à aparência do dispositivo. O toque, a decoração, o fundo, as cores estão associados à identidade de cada jovem e são a sua auto-representação. Também o tipo de linguagem e forma de interagir nos diálogos nos dão sinais sobre a identidade dos jovens;
- Promove a manutenção de grupos sociais e o sentimento de pertença a um grupo;
- Serve como ferramenta pessoal para coordenar o dia a dia, para a actualização das relações sociais e para a partilha colectiva de experiências. É assim um mediador de significados e emoções que podem ser muito importantes na formação da identidade dos jovens. O telemóvel impõe um ritmo acelerado de comunicação, podendo causar stress e frustração.
- É uma ferramenta importante que permite o controlo- capacidade essencial para os adolescentes - porém, simultaneamente, tem-se tornado fundamental ser-se capaz de controlar o telemóvel.
Dos comentários que foram feitos, destaco o do colega João, por resumir algumas das principais ideias apresentadas por outros colegas no fórum.
"permitam-me que entre nesta discussão desenvolvendo um pouco mais algumas das ideias já aqui apresentadas.
Começo por me referir ao texto analisado. Penso que a síntese elaborada pelas colegas do Grupo 1 transmite de forma clara e coerente as ideias apresentados no estudo e é um excelente ponto de partida para reflectir e tentar compreender um pouco melhor o papel e significado do telemóvel para os nossos alunos. As conclusões apresentadas estão perfeitamente de acordo com a realidade portuguesa e com aquilo que vamos observando no nosso dia-a-dia. Quando se diz que “o adolescente tem com o telemóvel uma ligação pessoal: ele pode ser percebido como a extensão móvel do corpo e da "mente"”, é algo que, definitivamente, nos é familiar. Este fenómeno, conjugado com outros, ajuda a explicar as reacções de violência que a apreensão forçada do telemóvel pode desencadear, tal como aconteceu no episódio divulgado na comunicação social, oportunamente recordado pela Soledade, da “cena do telemóvel” (também conhecido pela expressão “Dá-me o telemóvel já!”). Por isso, mais do que a simples proibição ou interdição, é fundamental a regulação e a auto-regulação da sua utilização. Se é verdade que “o comportamento individual reflecte as normas colectivas e muda de acordo com quem se está” (ou seja, faz sentido que escola e a biblioteca definam regras claras e que as façam cumprir) também não é menos verdade que faz parte da adolescência o desenvolvimento da capacidade de controlo (sendo o telemóvel uma ferramenta importante) incluindo a capacidade de controlo do próprio telemóvel.
Começo por me referir ao texto analisado. Penso que a síntese elaborada pelas colegas do Grupo 1 transmite de forma clara e coerente as ideias apresentados no estudo e é um excelente ponto de partida para reflectir e tentar compreender um pouco melhor o papel e significado do telemóvel para os nossos alunos. As conclusões apresentadas estão perfeitamente de acordo com a realidade portuguesa e com aquilo que vamos observando no nosso dia-a-dia. Quando se diz que “o adolescente tem com o telemóvel uma ligação pessoal: ele pode ser percebido como a extensão móvel do corpo e da "mente"”, é algo que, definitivamente, nos é familiar. Este fenómeno, conjugado com outros, ajuda a explicar as reacções de violência que a apreensão forçada do telemóvel pode desencadear, tal como aconteceu no episódio divulgado na comunicação social, oportunamente recordado pela Soledade, da “cena do telemóvel” (também conhecido pela expressão “Dá-me o telemóvel já!”). Por isso, mais do que a simples proibição ou interdição, é fundamental a regulação e a auto-regulação da sua utilização. Se é verdade que “o comportamento individual reflecte as normas colectivas e muda de acordo com quem se está” (ou seja, faz sentido que escola e a biblioteca definam regras claras e que as façam cumprir) também não é menos verdade que faz parte da adolescência o desenvolvimento da capacidade de controlo (sendo o telemóvel uma ferramenta importante) incluindo a capacidade de controlo do próprio telemóvel.
As normas de utilização do espaço da biblioteca da minha escola estipulavam a interdição do uso do telemóvel. De há algum tempo para cá essa regra começou a deixar de fazer sentido. Porque praticamente não há diferenças substanciais entre as funcionalidades destes aparelhos e outros equipamentos tecnológicos, como por exemplo o computador. É frequente ver os alunos utilizarem os telemóveis na gestão de informações pessoais (agenda?), a enviar mensagens e a ouvir música com headfones. Raramente deixam o telemóvel tocar ou fazem chamadas em voz alta (maior auto-controlo?). Em geral sabem que não o devem fazer a aceitam com naturalidade estas regras, agora mais flexíveis.
A utilização pedagógica dos telemóveis é algo que não tenho experiência mas estou a pensar seguir algumas das pistas aqui apresentadas."

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