APRENDER, APRENDER SEMPRE...

REFLEXÃO

                                   

             “…A maravilha da vida é tudo nela ter justificação.” Miguel Torga

       A minha motivação ao optar por realizar esta unidade, foi sobretudo por me interessar pelas tecnologias que povoam a nossa vida actual, por um lado e a forma como me poderiam ser úteis na minha prática profissional, por outro.

     Os temas abordados seguiram um fio condutor: conhecer melhor a geração com a qual lidamos diariamente, perceber como constrói a sua identidade, como comunica, se socializa e através de que meios tecnológicos.

     Desde a primeira actividade que me senti bastante entusiasmada pois a realização do power point, definindo o perfil do estudante digital, foi de facto uma nova aprendizagem de conceitos, até então desconhecidos. Do mesmo modo que a construção do Glossário foi uma mais-valia pois ignorava a definição de muitos dos termos, alguns dos quais uso habitualmente.

    As actividades que se seguiram despertaram também o meu interesse, na medida em que, estando em permanente contacto com jovens, é necessário compreendê-los e entender o seu mundo. Só deste modo podem ser alertados e apoiados. As tecnologias fazem parte da vida dos jovens e, em vez de as ignorar, há que conseguir tirar partido das suas potencialidades e colocá-las ao serviço do ensino e da aprendizagem.

   A entrevista que efectuei a uma adolescente sobre a sua relação com os media confirmou a minha percepção quanto à utilização do telemóvel, das redes sociais e da internet. As conclusões a que chegaram os dois grupos de trabalho, confirmaram que estes media são indissociáveis do mundo dos jovens, fazem parte da construção da sua identidade e da sua afirmação social.

   Devo ainda acrescentar que foi muito benéfico e produtivo o trabalho realizado em grupo. A Soledade e a Teresa, de colegas “virtuais” transformaram-se em verdadeiras amigas. Foi um trabalho colaborativo com muitas horas de Skype e de boa disposição.

   Uma vez que o grupo turma era pequeno, tornou-se fácil a participação nos fóruns. As opiniões dos colegas foram sempre objecto de reflexão da minha parte. Assim, participei em todos os debates, expondo também o meu parecer e citando artigos ou estudos que julguei pertinentes e adequados às temáticas. Os debates revelaram-se animados e motivadores, proporcionado comentários interessantes que suscitavam sempre novas considerações.

   A professora Maria João Silva foi um elo importante no desenvolvimento de todas as tarefas: dando orientações precisas, estando sempre disponível no apoio e incentivo aos grupos.

A realização desta unidade teve uma justificação (como tudo na vida): o enriquecimento pessoal e profissional!

A privacidade na Internet

Um eurodeputado afirmou, em 2009, em Bruxelas, que a Internet é "o instrumento mais fantástico de que o mundo alguma vez dispôs para a promoção dos direitos humanos... mas pode conduzir simultaneamente à sua supressão."

As redes sociais contém uma quantidade de informações pessoais, a que qualquer pessoa pode aceder.

É  preciso ter a noção de que aquilo que é publicado fica registado para sempre.
Os limites do consentimento serão "a principal batalha dos próximos anos"!

Os jovens e a Internet

      No dia 4 de Fevereiro, na F.C.S.H, decorreu uma conferência para apresentação do segundo relatório da EU KIDS ONLINE -PORTUGAL. Este projecto, do qual fazem parte 25 países, elaborou um estudo  sobre "Crianças e Riscos Online ". Estiveram presentes especialistas/investigadores na área, de vários ramos da sociedade: Polícia Judiciária, Jornalismo, Sociologia, Psicologia, Ensino, Formação. Estive entre a assistência e devo dizer que fiquei bastante agradada com as apresentações, assim como com o debate que as mesmas proporcionaram.

 Deixo aqui alguns dados interessantes para o nosso país e que nos levarão a reflectir sobre a utilização que as crianças e jovens (dos 9 aos 16 anos) fazem deste media:
 

-78% das crianças e jovens usam a internet .

-67% acedem no seu quarto (contra 49% da média europeia) .Praticam a chamada "cultura de quarto ";

-49% diz sentir já ter feito um uso excessivo da Internet (30%, é a média europeia);

-50% têm um perfil numa rede social;

No entanto nem tudo é negativo:

-7%  diz já  se ter deparado com riscos online (a média europeia é de 12%);

-2% afirma ter sido vítima de bullying online (contra 6% da média europeia);

-5% diz ter tido encontros com pessoas conhecidas online (9% na média europeia);

     Os conselhos sobre os riscos online são dados maioritariamente pelos pais,seguindo-se os professores e depois os pares. A escola, apesar de já fazer bastante no que diz respeito a um uso seguro da Internet, com acções de formação para professores, pais e alunos, deve continuar a investir ainda mais numa área que a todos preocupa.

Os jovens e as redes sociais

No dia 8 de Fevereiro de 2011

 comemora-se o DIA EUROPEU DA INTERNET SEGURA, sob o lema:
"É mais do que um jogo, é a tua vida"

UTILIZAÇÃO SOCIAL DOS MEDIA DIGITAIS: A PERSPECTIVA DOS JOVENS

       A actividade consisistiu em realizar entrevistas aos jovens acerca da utilização que fazem dos media, mais concretamente do computador, telemóvel e redes sociais. A turma ficou dividida em dois grupos. Uma vez mais, no meu grupo, a tarefa correu muito bem. Cada um dos elementos do grupo entrevistou um jovem, tendo por base o guião para a entrevista elaborado pelo grupo-turma. Foi interessante verificar que os dois grupos efectuaram entrevistas a jovens de diferentes locais do país, de zonas urbanas e da períferia, tendo obtido respostas, por parte dos jovens, muito semelhantes. Este facto leva-me a constatar que os nossos jovens, de 17/18 anos, vivam no Norte ou no Sul, têm o mesmo tipo de comportamento no que à utilização dos media diz respeito. As conclusões a que chegaram os grupos não me surpreenderam: todos os jovens têm telemóvel, todos têm computador e todos acedem à Internet, seja em casa ou na escola.

UM NATAL... TAMBÉM DIGITAL!

Nem o Pai Natal escapa à tecnologia!!!